Gêmeas de Alma Viva

É possível a gente psicografar texto de alma viva?
Sabe, igual o Xico Xavier fazia com espírito?
Hoje me deparei com esse conto que eu escrevi, e me fala se não é Verissimiano demais da conta?

Medicina Sem Milagres

Eu vivo escrevendo sobre o Veríssimo, o Luis Fernando, que é um dos meus Mestres.

Também fiquei pensando que eu tenho múltiplas-múltiplas-personalidades, e uma das coisas que as divide é a língua. Quem eu sou escrevendo em inglês e em português é completamente diferente. Quem lê as duas línguas deve achar que tem irmãs gêmeas, igual em novela Brasileira, não podem ser a mesma pessoa.

A gêmea australiana hoje amou ler o texto da que a gêmea brasileira escreveu em 2017.

Lara, Tony e os Zebus

Domingo, oito da matina, a Lara e eu estamos tomando café no nosso bairro. É uma portinha que serve cafés nas mesinhas que coloca na calçada.

A Lara não se chama Lara, mas como é o nome que lhe dei quando se transformou em minha personagem, vou adotar desde já. Há anos coleciono suas histórias e tenho trabalhado duro para escrever um livro com as aventuras dessa figura. Esse livro nasce direto em inglês na minha mente, por isso está dando tanto trabalho!

Essa tal Lara virou personagem porque as coisas mais inusitadas acontecem com ela, ou ao seu redor.

Por exemplo, a cena de um desses domingos de manhã. Estávamos indo trabalhar; ela trabalhar-trabalhar, por estar organizando um grande evento que está acontecendo essa semana. Eu porque indo acompanhá-la, posso fazer companhia e dedicar o dia para “os meus escritos” que são qualquer coisa desde promover meus livros, escrever-escrever, ou planejar os próximos passos que preciso tomar.

Estávamos ali, cafezinhos e torradas na mão, e a Lara olha para o lado, olha para mim, e me diz baixinho:

— Olha, o Tony Abbott está passando correndo!

E passa o Tony Abbott com um sorrisinho na cara, porque ele viu a Lara falando o nome dele. Ela percebe que ele percebeu e dá aquela disfarçada, olhando para o lado. Ele passa com a camisa suada junto com dois amigos, ainda trotando.

Só na Australia mesmo para passar o ex-primeiro ministro sem pompa nem cerimônia.

O que me veio na cabeça foi o conto “O Recital”, do Luís Fernando Veríssimo que depois de colocar um homem querendo tocar a tuba num quarteto de cordas, solta uma manada de zebus no palco.

Quando estou com a Lara, o cara da Tuba é o de menos, eu vivo esperando a manada!

o som da mata

Eu estava andando para casa depois do trabalho, subindo o morro, na estrada que me leva do escritório para casa. Eu sei que parece estranho, mas eu trabalho num escritório que passa no meio de uma mata. De manhã eu sinto como se estivesse saindo de férias, todos os dias. Ainda assim é suficientemente perto do centro da cidade para que funcione.

Da mata, ouço um som, parecem vozes cantando no meio das árvores. Imagino um coral ou pessoas de um culto, gente reunida no meio do verde, cantando. À medida que me aproximo, vejo que é música pop, não música de coral como havia imaginado. Fico achando que é uma festa, mas não há nada ali a não ser árvores, um penhasco e água. Chego à clareira, e vejo um navio de cruzeiro, a fonte da tal música.

Sou recebida por um casal de perus que moram por ali, já vi a fêmea no local antes. Hoje recebi uma exibição do macho…

Female Turkey Grazing

Bicicleta Agalinhada

Estava eu a caminho do trabalho hoje de manhã, andando e falando ao telefone, quando sinto uma sombra se aproximando. Do jeito que nossa mente sabe das coisas sem olharmos eu sabia que era uma bicicleta que vinha atrás de mim.

Eu dei passagem e eis que surge no meu campo de visão uma bicicleta, como imaginado, só que em cima do guidão pousava uma galinha empalhada. Uma galinha empalhada que ainda era especial, não era uma qualquer, devia ser africana ou algo assim, parecia meio diferente.

O ciclista era um homem magro, sem músculos, com os ossos apontando nas costas peludas, e ele tinha na bicicleta dois alforges, aquelas sacolas que parecem sacos de sela para cavalo.

Fiquei com a impressão que a bicicleta era sua casa, quer dizer, o lar do homem e da galinha.

Simply Gerva, an Australian-Brazilian Romance

Simplesmente Gerva is my second self-published book at Amazon in Portuguese from Brasil. It is a fictional romance which was created in a very interesting way. I met another Brazilian writer and we decided, almost as a joke, to write a book in collaboration. The idea was that I would write a part and send to my co-author, then he would continue the story as he saw fit and send it back to me.

Capa Simplesmente Gerva

It took us months, I spent time in Brazil, then he moved to Perth, then he went to Brazil, I came back, and we kept writing.

We never knew what was going to happen, we had no plan for the story, what moved us forward was the character, Gerva. The end result was quite difficult to polish because of this structure but the writing was a great pleasure.

Unfortunately, it is not translatable, there are so many cultural references that it would become very strange if attempted in another Language.

Gerva is a typical Brazilian guy, with his forró dancing, his sensuality and flexibility in life. He meets a Brazilian muse and an Australian girl and with them lives many adventures.

I am in the process of writing the second book of the series, a continuation of this first story. Although my co-author lost interest in the project I am committed to the same process as observed in the first book: writing without knowing where the character will take me.

If you read Portuguese, note that you have to buy the book from the market where your Amazon account is registered:

You can read Kindle books in any device.

Fio da Meada, um fantasma multicultural

Fio da Meada é minha primeira publicação, um livro eletrônico disponível na Amazon.

Fio da Meada, Cover

A principal personagem desse livro é um fantasma. Um homem que viveu e morreu e se encontra em uma nova existência pós-morte. Me disseram que ele é muito interessante, com suas lembranças de velhas traquinagens, e que consegui contar sua história num livro gostoso de ler, leve e divertido.
A aventura de escrever se torna mais intensa a cada dia, com meus pequenos passinhos vou galgando essa escadaria de realizar meus sonhos.
A decisão de publicar eletronicamente veio por ser a maneira mais moderna e eficiente que encontrei. Apesar de ser uma auto-publicação me dediquei para produzir um livro de qualidade. A revisão e a capa foram feitas por profissionais e passei um mês pesquisando intensamente para fazer a melhor formatação do arquivo especialmente para Kindle, o software da Amazon.
O Kindle pode ser obtido gratuitamente na Amazon para que se possa ler livros no computador, no telefone, ou no tablet. Há uma opção de baixar uma amostra do livro, as primeiras páginas para o leitor ver se gosta. Existe também o aparelho Kindle que é um leitor de livros eletrônicos muito leve e interessante.
Estive numa série de palestras no festival de escritores de Sydney e me diverti com o comentário de uma editora: “ler não é tão importante quanto comprar os livros, comprem livros! E, melhor ainda, se vocês não gostarem, eu lhes dou minha permissão para parar a leitura no meio!”
Portanto: comprem meu livro! Se gostarem, coloquem um comentário lá na Amazon.

Amazon do Brasil: www.amazon.com.br/dp/B007XAJOFM
Amazon da Australia: www.amazon.com.au/dp/B007XAJOFM