Lara, Tony e os Zebus

Domingo, oito da matina, a Lara e eu estamos tomando café no nosso bairro. É uma portinha que serve cafés nas mesinhas que coloca na calçada.

A Lara não se chama Lara, mas como é o nome que lhe dei quando se transformou em minha personagem, vou adotar desde já. Há anos coleciono suas histórias e tenho trabalhado duro para escrever um livro com as aventuras dessa figura. Esse livro nasce direto em inglês na minha mente, por isso está dando tanto trabalho!

Essa tal Lara virou personagem porque as coisas mais inusitadas acontecem com ela, ou ao seu redor.

Por exemplo, a cena de um desses domingos de manhã. Estávamos indo trabalhar; ela trabalhar-trabalhar, por estar organizando um grande evento que está acontecendo essa semana. Eu porque indo acompanhá-la, posso fazer companhia e dedicar o dia para “os meus escritos” que são qualquer coisa desde promover meus livros, escrever-escrever, ou planejar os próximos passos que preciso tomar.

Estávamos ali, cafezinhos e torradas na mão, e a Lara olha para o lado, olha para mim, e me diz baixinho:

— Olha, o Tony Abbott está passando correndo!

E passa o Tony Abbott com um sorrisinho na cara, porque ele viu a Lara falando o nome dele. Ela percebe que ele percebeu e dá aquela disfarçada, olhando para o lado. Ele passa com a camisa suada junto com dois amigos, ainda trotando.

Só na Australia mesmo para passar o ex-primeiro ministro sem pompa nem cerimônia.

O que me veio na cabeça foi o conto “O Recital”, do Luís Fernando Veríssimo que depois de colocar um homem querendo tocar a tuba num quarteto de cordas, solta uma manada de zebus no palco.

Quando estou com a Lara, o cara da Tuba é o de menos, eu vivo esperando a manada!

o som da mata

Eu estava andando para casa depois do trabalho, subindo o morro, na estrada que me leva do escritório para casa. Eu sei que parece estranho, mas eu trabalho num escritório que passa no meio de uma mata. De manhã eu sinto como se estivesse saindo de férias, todos os dias. Ainda assim é suficientemente perto do centro da cidade para que funcione.

Da mata, ouço um som, parecem vozes cantando no meio das árvores. Imagino um coral ou pessoas de um culto, gente reunida no meio do verde, cantando. À medida que me aproximo, vejo que é música pop, não música de coral como havia imaginado. Fico achando que é uma festa, mas não há nada ali a não ser árvores, um penhasco e água. Chego à clareira, e vejo um navio de cruzeiro, a fonte da tal música.

Sou recebida por um casal de perus que moram por ali, já vi a fêmea no local antes. Hoje recebi uma exibição do macho…

Female Turkey Grazing

Bicicleta Agalinhada

Estava eu a caminho do trabalho hoje de manhã, andando e falando ao telefone, quando sinto uma sombra se aproximando. Do jeito que nossa mente sabe das coisas sem olharmos eu sabia que era uma bicicleta que vinha atrás de mim.

Eu dei passagem e eis que surge no meu campo de visão uma bicicleta, como imaginado, só que em cima do guidão pousava uma galinha empalhada. Uma galinha empalhada que ainda era especial, não era uma qualquer, devia ser africana ou algo assim, parecia meio diferente.

O ciclista era um homem magro, sem músculos, com os ossos apontando nas costas peludas, e ele tinha na bicicleta dois alforges, aquelas sacolas que parecem sacos de sela para cavalo.

Fiquei com a impressão que a bicicleta era sua casa, quer dizer, o lar do homem e da galinha.

Do Orble para o WordPress – Delírios Australianos para Aventuras Diárias

Em 2008 eu criei um blog no site Orble ao qual dei o nome de Delírios Australianos no qual escrevia artigos sobre diferenças culturais e assuntos de interesse.

O website desapareceu subitamente levando com ele anos de textos e conteúdo sem aviso.

Resolvi republicar os textos aqui no WordPress.

Eu consegui transferir os textos e achei as imagens, o mais próximo que encontrei das originais, tomei nota dos votos que acumulei no Orble, e mantive a data original de publicação. Quis manter os dados históricos o mais próximo possível do original.

Estou mantendo o arquivo aqui no meu site, na nova categoria “Delírios Australianos”.

Aqui está o registro da estatística de fechamento do site original do Orble logo antes dele desaparecer:

17 Posts + 9 Comments +. 1,931 Votes

Sydney Salsa Congress 2010 e as Danças Brasileiras

As danças brasileiras têm crescido tanto na Austrália que o Sydney Salsa Congress já tem um ambiente só para danças brasileiras em todas as noites do evento. De 28 a 31 de Janeiro 2010

Samba, Gafieira, Lambada/Zouk, Forró e Capoeira se espalham pelo mundo e embalam milhares de fanáticos pelo movimentar do corpo. Se você nunca esteve no Sydney Salsa Congress está perdendo o maior evento de danças latinas da Austrália, um dos três melhores do mundo! 

É uma experiência sem paralelos, mais de 5 mil pessoas dançando nas festas, mais de 80 shows e 75 workshops.

São três dias de aulas de dança e quatro noites de shows com festas que vão até altas horas.

A energia é incrível e existem várias opções de tickets, desde passes para uma noite até ingressos para o pacote completo.

Te vejo lá! 

92 Orble Votes